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Qual o passo a passo para a descarbonização em Rondônia?

A descarbonização de Rondônia é um tema crucial para alinhar o estado aos compromissos nacionais e globais de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE). Como um estado da Região Norte do Brasil, Rondônia possui características únicas que o tornam relevante tanto para a transição energética quanto para a conservação ambiental. Vamos explorar o passo a passo para a descarbonização do estado, com dados técnicos e estratégias atualizadas para 2025.

1. Diagnóstico das Emissões de GEE em Rondônia

Principais fontes de emissões:

• Mudança de uso da terra e desmatamento: O desmatamento na Amazônia Legal é responsável por cerca de 50% das emissões nacionais, sendo Rondônia um dos estados mais impactados.

• Agropecuária: Emissões de metano (CH4) provenientes da pecuária bovina e óxido nitroso (N2O) do uso de fertilizantes.

• Energia: Uso de combustíveis fósseis no transporte e na geração elétrica não renovável.

Dados atualizados (2025):

• Taxa de desmatamento: Em 2024, Rondônia registrou uma redução de 10% no desmatamento, mas os números ainda são altos, com 5.800 km² desmatados.

• Pecuária: O rebanho bovino do estado ultrapassou 14 milhões de cabeças, sendo uma das principais fontes de emissões de metano.

2. Energias Renováveis: Potencial e Expansão

Energia Solar

• Rondônia apresenta uma média de 5,2 kWh/m² de irradiação solar diária, sendo um dos estados com maior potencial para a geração distribuída no Brasil.

• Em 2025, o estado conta com 200 MW instalados em sistemas fotovoltaicos distribuídos, com meta de dobrar essa capacidade até 2030.

Biomassa

• Aproveitamento de resíduos de madeira e agroindústria para geração de energia limpa.

• Em 2025, projetos de biomassa representam 15% da matriz energética estadual.

Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs)

• Rondônia tem 19 PCHs em operação, contribuindo com energia renovável e sustentável.

3. Soluções para a Agropecuária Sustentável

Recuperação de Pastagens Degradadas

• Rondônia tem cerca de 8 milhões de hectares de pastagens, dos quais 40% estão degradados.

• A recuperação de 1 milhão de hectares pode evitar a emissão de até 20 MtCO2e.

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF)

• Promove o uso eficiente do solo, combinando produção agrícola, pecuária e florestal.

• Em 2025, cerca de 5% das propriedades rurais do estado adotam sistemas ILPF, com potencial para aumentar a produtividade em 30%.

Biogás

• Uso de dejetos bovinos para geração de biogás, substituindo combustíveis fósseis em comunidades rurais e pequenas indústrias.

4. Conservação Florestal e Reflorestamento

Combate ao Desmatamento

• Ampliação do monitoramento com tecnologias como satélites de alta resolução.

• Fortalecimento da fiscalização em áreas críticas.

Reflorestamento

• Meta de restaurar 500 mil hectares de áreas degradadas até 2030.

• Iniciativas de plantio de espécies nativas em consórcio com sistemas agroflorestais.

5. Economia de Baixo Carbono e Políticas Públicas

Incentivos Fiscais

• Criação de subsídios para projetos de energia renovável e tecnologias limpas.

• Benefícios fiscais para agricultores que adotam práticas sustentáveis.

Mercado de Créditos de Carbono

• Rondônia tem potencial para gerar créditos de carbono por meio de projetos de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD+).

• Em 2025, o estado integra iniciativas nacionais de comercialização de créditos no Mercado Brasileiro de Redução de Emissões.

6. Educação Ambiental e Conscientização

• Campanhas para sensibilizar a população sobre a importância da conservação ambiental e da descarbonização.

• Parcerias com escolas e universidades para educar novas gerações.

Considerações Finais

A descarbonização em Rondônia exige um esforço conjunto entre governo, empresas, produtores rurais e a sociedade. Com medidas eficazes e inéditas em 2025, o estado pode se tornar um modelo de transição sustentável, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas e garantindo um futuro mais verde para as próximas gerações.