Impacto do Calor no Consumo

O aumento do consumo teve origem em duas frentes distintas:

• Mercado Regulado: Consumidores que adquirem energia diretamente das distribuidoras viram um acréscimo de 5,5% no consumo. Esse setor foi diretamente influenciado pelo uso intensificado de ventiladores e ar-condicionados, uma resposta natural ao calor intenso que marcou o período.

• Mercado Livre: Nesse ambiente, onde os consumidores têm a liberdade de escolher seu fornecedor de energia e negociar contratos, o crescimento foi de 4,0%. Esse avanço não só reflete as altas temperaturas, mas também uma maior atividade em alguns setores produtivos e a chegada de novos consumidores ao mercado.

Dados da CCEE – Fevereiro 2025

Análise por Ramo de Atividade Econômica

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) monitora o consumo em 15 setores econômicos no mercado livre. Dentre eles, os que mais se destacaram em fevereiro de 2025 foram:

• Serviços: +8,6%

• Saneamento: +8,1%

• Minerais Não-Metálicos: +7,8%

Esses resultados positivos foram impulsionados, por exemplo, pelo maior uso de ar-condicionado em ambientes como escritórios e hotéis no setor de serviços. Por outro lado, setores como Telecomunicações (-7,0%), Transporte (-3,1%) e Químicos (-1,4%) apresentaram reduções, destacando a diversidade de comportamentos em meio à variação climática.

 Dados da CCEE – Fevereiro 2025

Consumo Regional: Destaques e Quedas

A variação no consumo de energia também apresentou diferenças regionais marcantes:

• Sul e Sudeste: Todos os estados dessas regiões mostraram aumento no consumo em relação ao ano anterior. Espírito Santo e Rio de Janeiro se destacaram, com altas de 15,1% e 13,4%, respectivamente, influenciados por temperaturas acima da média histórica.

• Nordeste, Norte e Centro-Oeste: Nestas regiões, os maiores volumes de chuva contribuíram para uma redução no consumo. Estados como Amapá (-10,5%) e Rondônia (-6,1%) foram os mais impactados.

Dados da CCEE – Fevereiro 2025

Energia Renovável em Destaque

O Brasil continua a apostar em fontes renováveis. Em fevereiro de 2025, a geração de energia a partir de usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa alcançou 77.204 MW médios, representando 93,7% de toda a eletricidade produzida no mês. Notavelmente, os parques eólicos e as fazendas solares contribuíram com quase 15 mil MW, reforçando a tendência de crescimento sustentável no setor.

Dados da CCEE – Fevereiro 2025

Conclusão

O aumento do consumo de energia no Brasil em fevereiro de 2025, impulsionado por condições climáticas extremas e pelo dinamismo do mercado, evidencia a importância de se investir em infraestrutura e fontes renováveis. Esse cenário não só destaca a necessidade de eficiência energética em tempos de calor intenso, mas também sublinha a transformação do mercado, com consumidores cada vez mais ativos e escolhas mais diversificadas.

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Este post foi desenvolvido com base em dados fornecidos pela CCEE e reflete as condições observadas em fevereiro de 2025.